Filmografia
  
Primeiros formadores Varan e os Ateliers dos primeiros tempos 

- Makwayela (Moçambique, 1977, 18')  
Direção: Jean Rouch e Jacques d’Arthuys; Imagem: Jean Rouch; Int: Trabalhadores da Companhia Vidreira de Moçambique.   
Filmado em Maputo, na Companhia Vidreira de Moçambique, em 1977; montado no mesmo ano.   

Resultado de uma oficina com um grupo de estudantes de Moçambique, este filme consiste numa visita de Rouch e sua pequena equipe à Companhia Vidreira de Moçambique. Ali, depois de uma cena breve da fabricação de garrafas, o filme mostra, com som direto, uma dezena de trabalhadores cantando e dançando no pátio uma canção anti-imperialista cuja origem e cujo sentido eles explicarão em seguida ao cineasta: ela nasceu na dura experiência vivida por eles quando trabalhavam em minas de ouro na África do Sul, sob o regime do Apartheid.  

- Nos escritórios (Dans les Bureaux, França, 1981, 48')  
Direção: André Van In; Imagem: Jacques Bouquin; Montagem: Francine Sandberg; Som: Jean-Claude Brisson. INA.  
Os gestos, as palavras, os ritos de um dia comum no escritório de uma companhia de seguros. Um dia que começa cedo e é marcado por inserts do relógio de parede. O realizador compartilha com os funcionários seu ritmo de trabalho durante algumas semanas.   

- A Comissão da Verdade (La Commission de la Vérité , França/Bélgica, 1999, 138')  
Direção: André Van In; Imagem: Donne Rundle; Montagem: Sylvie Gadmer e Catherine Rascon. África do Sul. Archipel 33.  

Nelson Mandela, em 1995, instaura a Comissão da Verdade e Reconciliação na África do Sul, composta por 17 membros e presidida por Desmond Tutu. Por mais de um ano, vítimas, algozes, e testemunhas do Apartheid serão convidados a contar a verdade sobre o passado. Os realizadores foram autorizados a seguir em toda a sua duração esse processo que deveria permitir refundar a nação.  

Prêmio Louis-Marcorelles  -Prêmio des Bibliotèques Cinéma du réel, 1999 ; Prêmio Scam 2000 Melhor Documentário (Paris, 2000); Prêmio Golden Conch deMelhor Documentário do Festival International de Bombay, 2002.  

ATELIER ÁFRICA DO SUL (1985-1994 direção: André Van In) 
- Crônicas Sul-Africanas (Chroniques Sud-Africaines, África do Sul, França, 1988, 105')  
Direção: coletivo do atelier Varan de Johannesburg em 1987-1988. Direção do projeto: André Van In e Jean-Loïc Portron. Montagem: Aurélie Ricard. África do Sul. JBA Productions.   
O olhar de dentro, de doze jovens cineastas em nove fragmentos sobre a realidade cotidiana da África do Sul, ainda sob o regime do apartheid. As imagens filmadas entre março e junho de 1987 reúnem as seguintes crônicas: Campanha eleitoral; AWB.; O pequeno mecânico; Os aposentados; O ambulatório; Encontros; Festas do centenário; Rua Mabeta; Processo. Elas alternam mergulhos nos universos da extrema direita sul-africana (A.W.B.) e nos universos cotidianos dos negros nos bairros pobres.   

Grande Prêmio do Festival Vidéo Réalité, Bruxelas, 1988 ; Cinéma du réel, Paris, 1988.  

- Kantri Bilong Yumi: a Papua da família Maden (Kantri Bilong Yumi: La Papouasie de la famille Maden, Papua Nova Guiné, 2003, 52')  
Direção e Imagem: Séverin Blanchet; Som: Nicolas Guadagno; Montagem: Mari Correa. Com: Martin Maden, Augustina Maden, Elizabeth Maden Ukelio, Domitilia Maden Raia, Tripralon Maden, Stefan Maden. Yumi prod.  
Uma família, os Maden desenham a Papua Nova Guiné de hoje a partir de suas experiências e recordações. O pai curandeiro, a mãe católica e os filhos, aldeão, professor e cineasta, nos dão a ver os enfrentamentos com o mundo branco e as transformações rumo à independência de seu país.    

Prêmio Mario-Ruspoli ; Prêmio FIFAP/UNESCO, 2003.  

ATELIER PAPUA NOVA GUINÉ (1983- direção: Séverin Blanchet) 
- Sinmia  (Papua Nova Guiné, 1985-1989,  48')  
Direção, Imagem e Som: Kumain Nunguya; Montagem: Séverin Blanchet, Silas Muturane, Evelyne Kavos.  
Os primeiros contatos da tribo dos Baruya, nos altos platôs da Nova Guiné, e o mundo moderno datam dos anos 60. Kumaïn Nunguya tinha dez anos quando ele encontra, em 1969, o etnólogo Maurice Godelier. Ele se torna um de seus informantes e colabora com ele durante 12 anos. Em 1981, a seu pedido, ele passa um ano na França e descobre o cinema. Em seu retorno, ele decide se inscrever na nova escola de cinema e segue o curso do atelier de realização de documentário organizado por Varan na Papua Nova Guiné, em 1983.   

- Senhor Poladian em trajes de festa (Monsieur Poladian en Habits de Ville, França, 1977, 13')  
Direção e Imagens: Jean-Noël Cristiani ; Montagem: Jean-Pierre Labecanne ; Som: Jean-Jacques Schnell.  
O Senhor Vahan Poladian vive numa casa de idosos. Ele tem 77 anos e três francos de pensão por dia. Ele fabrica sem cessar, com seus modestos meios e bugigangas, vestimentas de reis, que veste em seu passeio cotidiano pela cidade, a cada dia.   

- Os vitrais de Soulages (Les Vitraux de Soulages, França, 1994, 48')  
Direção: Jean-Noël Cristiani; Imagens: Anne Khripounoff, Paco Wiser; Montagem: Anita Perez ; Som: Nicolas Naegelen.  
Em 1986, o pintor Pierre Soulages deve conceber novos vitrais para a Abadia de Conques. Não encontrando vidros para iluminar como desja aquela arquitetura do século XIX, ele decide fabricá-los. Em julho de 1988, quando ele começa suas primeiras pesquisas, Jean-Noël Cristiani começa a filmá-lo. As filmagens se terminam em 22 de março de 1994, quando os 104 vitrais são colocados, sete anos mais tarde.   

- Edouard Glissant (França, 1994, 52')  
Direção: Jean-Noël Cristiani; Imagem: Maurice Perrimond; Som: Xavier Vauthrin; Montagem: Réjane Fourcade. Martinica. INA.  

Na noite tropical, à beira-mar nas Antilhas, um encontro com Edouard Glissant, autor de vários livros de poesia, romances, peças de teatro e ensaios. Diante do mar, ele responde a seu amigo romancista Patrick Chamoiseau sobre sua abordagem poética da realidade antilhana. Ao longo da conversa, o poeta lê e comenta poemas.   

Novos integrantes: de estagiário a formador 

- Prova de Estado (Prove di Stato, França, 1999, 85')  
Direção: Leonardo Di Constanzo; Imagem e Som: Leonardo Di Costanzo e Mariangela Barbanente; Montagem: Aurélie Ricard. Itália. Films d'Ici.  

O filme trata da chegada de uma nova prefeita, Luisa Bossa, numa pequena cidade da periferia de Nápoles. Luisa está determinada a reconduzir sua cidade a um sistema de Estado de Direito. É uma tarefa que ela compartilha com muitos prefeitos de pequenas cidades da Itália. Mas ela encontra muita resistência, principalmente dos cidadãos, inquietos em perder certos privilégios que um sistema sem regras lhes concedia.  

FIPA, 1999, Biarritz ; mention spéciale du jury ; Merano TV festival, 1999, Grand prix de la ville ; FIGRA, 1999 La Ciotat, Grand prix du jury ; Encontros Internacionais de Cinema Documental, Amascultura (Portugal) 1999 ; Grand prix ; VIe édition du Prix International de l'Audiovisuel Méditerranée (CMCA et ville de Palerme; Grand Prix du Meilleur Documentaire Méditerranée.  

- O impenetrável (El impenetrable, Argentina/França, 2012, 95')  
Direção: Daniele Incalcaterra e Fausta Quattrini; Imagem: Daniele Incalcaterra, Fausta Quattrini, Cobi Migliora; Montagem: Catherine Rascon. Paraguai.  

Daniele Incalcaterra herda 5 mil hectares no Chaco paraguaio - a última terra virgem, em que se espera escrever outra história, e ao mesmo tempo o lugar que pressentimos trágico, onde arriscamos viver um western clássico desembocando na conquista do Oeste: natureza selvagem a dominar, terra a colonizar, riquezas a explorar, índios a exterminar. Daniele decide devolver a terra aos índios que sempre viveram no território.   

Festival de Veneza 2012; Prêmio Festival de Mar del Plata, 2012; Prêmio Festival Biarritz America Latina, 2012 ; 2º Prêmio Festival Filmmaker Milan, 2012 ; Prêmiodo Júri Festival de Málaga 2013 ; 1º Prêmio doSicília Ambiente Festival 2013 ; GrandePrêmio “Traces de Vies”, Clermond-Ferrand 2013.  

- Non lieux ((França, 1991, 75’)  
Direção/Imagem/Som: Mariana Otero e Alejandra Rojo; Montagem: Aurélie Ricard. Suporte: Vidéo 8. Direção do Atelier: André Van In.  

Um olhar sobre a vida dos excluídos da sociedade em três locais: a casa de detenção de Fleury-Mérogis, a habitação popular da região parisiense e os barracos de um lote vago na Porte de Saint-Ouen. Uma reflexão sobre a ideia e o uso da liberdade. Esse filme, realizado no contexto de um atelier Varan de produção em Paris, foi a primeira experiência de Mariana Otero em documentário.   

Lussas Seleção francesa – 1991; Prêmio de Melhor Documentário do Festival Vaulx, Velin, 1992; Festival Vidéo-Psy, Paris 1992.  

- História de um segredo (Histoire d’un secret, França, 2003, 90’)  
Direção: Mariana Otero; Imagem: Héléne Louvart; Som: Patrick Genet; Montagem: Nelly Quettier; Montagem de som e mixagem: Pascal Rousselle; Música original: Michael Galasso. Archipel 33.  

Mariana prepara uma exposição das pinturas de sua mãe, Clotilde Vautier, guardadas desde sua morte aos 28 anos, quando as filhas eram ainda crianças. Ao mesmo tempo, ela e sua irmã procuram a verdadeira história de sua morte, mantida em segredo desde então.   

Festival d’Aden, Lussas, La Rochelle, Locarno, Nyon, Buenos Aires, Films de femmes de Créteil ; Prêmio Festival de Valladolid, Florence, Belo Horizonte.  

- Em nossas mãos (Entre nos mains, França, 2010,  88’)  
Direção e Imagem: Mariana Otero; Montagem: Anny Danche. Archipel 33.  

Confrontados à falência da empresa de lingerie onde trabalham, os funcionários, majoritariamente mulheres, tentam recuperá-la sob a forma de cooperativa. À medida que o projeto ganha corpo, eles se chocam com o patrão e a realidade do mercado. A empresa torna-se então um pequeno teatro onde se encenam, em meio às peças íntimas, questões econômicas e sociais fundamentais. Os funcionários descobrem nessa aventura coletiva uma nova liberdade.  

Indicado para o César 2011 na categoria melhor documentário; Acid Festival de Cannes,  Lussas, La Rochelle, Festival de Tübingen, Doc Lisboa,  Agadir, Buenos Aires, Lindsz, New York.  

- Diários de Medellin (Cahiers de Medellin, Colômbia/França, 1999, 72')  
Direção: Catalina Villar; Imagem/Som/Montagem: Carlos Sanchez. Colômbia. JBA Prod.  

Medellin, a célebre "cidade do cartel". Violência espantosa: a miséria dos camponeses desapropriados, a superpopulação, o desemprego. Numa escola, estimulados por um surpreendente professor, os adolescentes tentam, redigindo em seus diários as histórias de suas vidas violentadas, construir para si mesmos algumas referências.   

Prêmio do longa-metragem e Prêmiodo público no Festival “Visions du Réel” Nyon (Suiça, 1998); Prêmio Découverte SCAM (França, 1999) ; GrandePrêmio do Festival Amas Cultura,  Portugal; GrandePrêmio Festival Documentário de Saint-Jacques de Compostelle (Espanha); “Conque d’argent” do Festival IFFI. Bombay (Índia); Award of Merit in Film, Latin American Studies Association, USA.  

- Bem-vindo à Colômbia (Bienvenue en Colombie, Colômbia/França, 2002, 65')  
Direção: Catalina Villar; Imagem: Carlos Sanchez, Wilmar Quintero; Montagem: Catherine Rascon. Yumi prod.  

O filme é realizado enquanto a Colômbia era palco de uma das guerras mais terríveis da atualidade, "2 milhões de pessoas desalojadas, um milhão de emigrantes em 5 anos, 35 mil assassinatos ao ano, um sequestro a cada 10 minutos", diz a narradora do filme. Catalina Villar é o personagem condutor dessa viagem e nos leva a percorrer ao seu lado as ruas do país durante um período eleitoral.   

Festival Visions du Réel, Nyon, 2003 ; Festival International de Biarritz, 2003 ; Festival Filmar en América Latina, Geneve, 2003 ; Festival Cinelatino –Toulouse, 2003.  

- Como se só houvéssemos nós (Comme s'il n'y avait que nous, França, 2002, 28')  
Direção e Imagem: David Ghéron Trétiakoff; Som: Pascale Badard; Montagem: Emmanuelle Baude.  
As mil e uma noites brancas de Ferrudja e Reda em Blanc Mesnil. Como um neto cuida de sua avó de 90 anos, dia e noite.   

2º  Prêmio do Júri do Concurso Europeu do Primeiro Filme Documentário, Le Mans, 2002; Menção especial Festival Le Réel en Vue, Thionville, 2002.   

- A God passing (Egito/França, 2007, 20')  
Direção e Imagem: David Ghéron Trétiakoff. Egito.  
O governo egípcio, durante o verão de 2006, decide deslocar a colossal escultura de Ramsés II, em razão da edificação do novo museu do Cairo, perto das pirâmides. Um cortejo faraônico que dura toda a noite.   

ATELIER AFEGANISTÃO  

- Minha Cabul (Kabul-e-man, Afeganistão, 2006, 22')  
Direção: Wahid Nazir; Imagem: Wahid Nazir; Montagem: Emmanuel Roy.   
Jamal é motorista de táxi coletivo. Com seus passageiros, ele fala da guerra civil presente na memória de todos e encontra seus traços nas ruas da cidade.   

Menção especial no Festival de Curta-Metragem de Évora 2007 ; Prêmio de melhor montagem de cinema documentário no Festival de Kaboul.  

- Check point (Afeganistão, 2011, 28')  
Direção: Hamed Alizadeh; Imagem: Hamed Alizadeh; Montagem: Reza Serkanian.   
Em um dos numerosos check points da cidade, os policiais fazem rondas, expostos a todos os perigos, longe de suas casas, abrigados em conteiners onde partilham suas magras refeições e tentam dormir algumas horas.   

Festival 3 Continentes, 2011; Festival Visions du Réel, 2012; Autumn Human Rights Film Festival 2011; Festival Indo Persan, 2012.  

- Pequeno Afeganistão (Afghanistan-e-kochak, Afeganistão, 2011, 30’)  
Direção e Imagem: Basir Seerat; Som: Hamed Alizadeh; Montagem: Laurence Attall.  
Longa rua de um bairro popular, onde antigas charretes-táxi disputam a passagem com os automóveis. Conflitos incessantes opõem o mundo moderno ao antigo.   

Festival 3 Continents, 2011; Festival DokumentART, 2012; Festival Indo Persan, 2012.  

- Um dia de Rahela (Afeganistão, 2007, 27')  
Direção e Imagem: Dil Afroz Zeerak; Som: Wahid Nazir ; Montagem: Emmanuel Roy.  
Rahela é uma menina de 13 anos, mas roubou-se sua infância. Ela é muito inteligente e frequenta a escola. Depois das aulas, ela trabalha para ajudar seu pai doente e suprir as necessidades da família.   

Prêmio de melhor diretor do Festival de Kaboul.  

- Laila (Afeganistão, 2006, 33')  
Direção e Imagem: Batol Rezaei Muradi; Montagem: Claude Mercier.   
16 mulheres vivem num hospital psiquiátrico de Cabul. A maioria viveu praticamente toda a vida ali. O lazer e as possibilidades de se instruir são raras. No entanto, elas sabem encontrar juntas um pouco de conforto.   

Prêmio Especial do júri no Festival do Filme de Split, Croácia, 2008.  

ATELIER CAMBOJA  

- Eu, uma moça como as outras (Camboja, 1994-95, 30')   
Direção e Imagem: Savannah Chheng; Som: Roeun Narith; Intérprete: Ros Solika; Montagem: Sylvie Gadmer; Suporte: Hi 8.  
Uma antiga dançarina, de volta de um campo de refugiados da Tailândia, vive com seus quatro filhos debaixo de uma árvore em Phnom Penh.   

Prêmio do júri em Auxerre, 1998.  

- Abandonei a guerra (Camboja, 1994-95, 26')  
Direção: Prom Mésar; Montagem: Houy Pouth; Som: Sear Vissal; Suporte: Hi 8.   
Um ex-soldado do exército cambojano desertou em 1991. Ele vive com sua mulher e suas crianças num vilarejo nos arredores de Phnom Penh.   

- Ary partiu para a cidade (Camboja, 1994-95, 24')  
Direção: Dy Sethy; Montagem: Sylvie Gadmer: Som: Som Maly; Suporte: Hi 8.   
Ary morava no campo. Alguns dias antes de seu casamento com um policial, ela o abandona e vai para Phnom Penh. Ali ela sai com estrangeiros e ganha a vida tornando-se Taxi-Girl.   

ATELIER COLÔMBIA  

- Discreto encanto (Colômbia, 2000, 25')  
Direção e Imagem: Daniela Luque Diaz; Montagem: Gustavo Vasco; Suporte: DV CAM  
Uma escola de estimulação precoce para bebês da alta burguesia de Bogotá. Um oasis artificial no meio de um país em guerra.   

- Esperando (Colômbia, 2002, 51')  
Direção: Daniela Luque; Imagem: Luis Rozo; Som: Elisabeth Avila; Montagem: Paula Andrea Giraldo; Suporte: DV Cam.  
Num instituto de adoção, jovens grávidas se preparam para doar seus bebês que irão em breve nascer, enquanto um casal aguarda poder adotar um.  

- Não há cama para tanta gente (No hay cama para tante gente, Colômbia, 2000, 30')  
Direção: Hemel Atehortua; Imagem: Hemel Atehortua; Montage: Felipe Soler; Suporte: DV CAM.  
Um homem casado está desempregado. Não conseguindo se virar, ele vende tudo o que pode, inclusive o filho que está na barriga da mãe.   

1º Prêmio de Documentário do Festival Le Réel en Vue, Thionville, 2003.  

ATELIER EGITO  

- Mahragan (Egito, 2012, 24')  
Direção e Imagem: Omar Al Shamy; Montagem: Hagar Hamdy.  
Esse grupo de música Chaabi revoluciona a música egípcia. O espectador é levado pela câmera ao ritmo frenético de um espetáculo com efeitos pirotécnicos. Depois, os três cantores do grupo discutem seus textos enquanto atravessam a cidade. O líder do grupo expõe seus métodos de trabalho e sua visão da juventude na sociedade egípcia contemporânea.  

- Sob o ferro (Sous le fer, Egito, 2011, 7')  
Direção e Imagem: Agathe Dirani; Montagem: Hagar Hamdy; Supervisão: Mona Rabie.  
Mina, 13 anos, atravessa a cidade para encontrar seu universo cotidiano. Aprendiz num canteiro de obras, ele escapa às vezes da armação em ferro que constrói e olha uma pipa que voa.  

 - 28-01-2011 (Egito, 2011, 19’)  
Direção e Imagem: Mahmoud Farag, Montagem: David Trétiakoff.  
"Os mortos desse dia sangrento retornam em sonho. A vida é bela ao ponto de renovar sua respiração com cheiro de gás lacrimogêneo e de sentir a pureza do céu da capital. Ao ponto até de respirar um ar um pouco menos poluído na hora do toque de recolher. Isso é uma metáfora das memórias que foram escritas entre 25 de janeiro e 11 de fevereiro de 2010, para o futuro, para não esquecer."  

- 04-02-2011 (Egito, 2011, 6’)  
Direção e imagem: Mahmoud Farag; Montagem: David Trétiakoff.  
As batidas na porta não revelavam quem se escondia trás dela. Eu teria desejado estar morto, morrer em suas mãos, antes que o medo tomasse minha razão." A voz off fala da prisão e dos golpes de torturadores. Um corpo de homem debaixo da água da ducha que escorre.  

- Durante a noite (Pendant la nuit, Egito, 2012, 15')  
Direção e Imagem: Noha el Maadawy; Som e Montagem: David Trétiakoff.  
“Você é tão emocional e tão pouco realista. É verdade que não sou do tipo realista".  

Proibido amar (Défense d'aimer, Egito, 2012, 21’)   
Direção e Imagem: May El Hossamy, Montagem: Hagar Handy.  
Ele é católico, ela é muçulmana. E então? Uma garota conversa com sua mãe sobre o papel da religião em suas escolhas. O diálogo alterna o árabe e o francês.  

Festival Cinéma du réel, 2013.  

ATELIER SÉRVIA-MONTENEGRO  

- Depois da Guerra (Posle rata, Sérvia-Montenegro, 2005, 45')  
Direção e Imagem: Srdjan Keca; Som: Vladimir Uspenski; Montagem: Milos Stojanovic; Support : DV Cam - Atelier Serbie-Montenegro 2005.  
No coração dos Bálcãs, vive uma pequena comunidade islamizada, de origem eslava, sem pátria. São os Gorani. A guerra em Kosovo trouxe a essa região : os Gorani, que eram ligados aos Sérvios estão desde então sozinhos no meio dos Albaneses.   
2005 : Prêmmio do Júri no Alternative Film/Video Festival (Belgrade); 2007 : 1ºPrêmio do festival do Mediterrâneo de Paestum (Italie), Best documentary award of the Balkan Black Box Festival (Berlin), Prêmio do público no dokumentART (Neubra).  

- O dia da juventude (Dan Mladosti,Sérvia-Montenegro, 2005, 35')  
Direção e Imagem: Jelena Jovcic; Som: Zeljiko Obradovic; Montagem: Natasa Gavric Zekanovic; Suporte: DV Cam.  
Jelena foi criada em uma família que considerou a vitória sobre os fascistas em 1945 o dia de sua própria derrota. Para ela, os libertadores comunistas tinham sido sempre conhecidos como "eles". Apesar disso, em 1981, Jelena empresta seu rosto de criança a um cartaz comemorativo do aniversário do recém-falecido Josip Broz Tito, fundador da República Socialista Federativa da Iugoslávia. Vinte cinco anos mais tarde ela revisita esta história.  

Prix YU FIPRESCI Award, Belgrade Documentary and Short Film Festival.  

- Simo de Montenegro (Simo od crne Gore, Sérvia-Montenegro, 2005, 44')  
Direção e Imagem: David Solomon; Som: Zoran Maksimovic; Montagem: Aleksandar Stojanov; Suporte: DV Cam.  
“A primeira vez que fui a Montenegro, há 21 anos, eu não poderia imaginar que voltaria com minha filha para saber mais sobre a vida e a morte de seu avô, Simo de Montenegro.   

ATELIER VIETNà 

- A quem pertence a terra? (Dat dai thuoc ve ai?, Vietnã, 2009, 54')  
Direção: Doàn Thi Hông Lê; Imagem: Trân Xuân Quang; Montagem: Dirk Schreier.   
O filme se passa na região agrícola de Quang Nam, a alguns quilômetros da cidade de Da Nang, base portuária americana durante a guerra do Vietnã, onde aconteceram combates dentre os mais sangrentos. Hoje, o Estado decide ceder as terras de arrozais a concessionárias estrangeiras para a instalação de um campo de golfe. Os habitantes resistem a esse projeto de expropriação.   

Festival “Traces de Vies” Clermond-Ferrand, 2010 ; Prêmio du Jury “Caméra des champs”, Ville sur Yron (2011) ; Festival Corcica Doc, Ajaccio (2010) ; Vietfilmfest, California (2010) ; GrandePrêmio em Yxineff, Viêt Nam (2011).  

- Sonhos de operárias (Giac mo la cong nhan, Vietnã, 2006, 58')   
Direção e Imagem: Thao Tran Phuong; Montagem: Aurélie Ricard.   
Hanói, zona industrial japonesa: as jovens que deixaram suas cidades no interior lutam para escapar às agências de trabalho e aos contratos precários a que conduzem a globalização do país. Tornar-se uma "verdadeira" operária é um sonho, e deveria trazer orgulho e segurança.  

Prêmio Pierre e Yolande Perrault Festival du Réel 2007; Rencontres Internacionales du Documentaire de Montréal, 2007; Festival Internacional du film de femmes, Dortmund, Alemanha, 2007.  

- Meu prédio (Chung cu cua tôi, Vietnã, 2009, 56')  
Direção: Dinh Lê Minh Trinh; Imagem: Trinh Dinh Lê Minh; Som: Phan Huynh Trang; Montagem: Julie Béziau. Suporte: DV Cam.  
O prédio onde mora Le Minh, na Cidade de Ho Chi Minh, foi construído, quando a cidade se chamava ainda Saigon, para instalar os funcionários vietnamitas que serviam ao regime de então. No fim da guerra, o governo recupera o lugar para instalar os quadros do Partido. No início dos anos 90, o Estado, precisando de liquidez, vende os apartamentos, em prioridade aos locatários a uma taxa preferencial, o que lhes permite pela primeira vez o acesso à propriedade. Mais tarde, uma imobiliária multinacional propõe aos co-proprietários venderem o prédio a ela por preços vantajosos.   

 « New Voice from Viêt Nam », presented by the American Academy of Motion Picture Arts and Sciences, USA (2011) ; Nominé pour le Meilleur Film court - Viêt Namese International Film Festival, Los Angeles (2011) ; Shine Asian-Shorts Competition - Hangzhou, Asie (2011) ; Guangzhou International Documentary Film Festival, Chine, 2011 ; Cine//B, Santiago, Chili 2011.  

- Cabelos verdes (Toc Xanh, Vietnã, 2006, 42')  
Direção e Imagem: Nguyen Thi Thuy Quyen; Montagem: Aurélie Ricard; Suporte: DV Cam  
Bau e Kanh, naturais do mesmo vilarejo, no Norte, tentaram a sorte na Cidade de Ho Chi Minh antes de voltarem para o Norte. Eles então se associaram para abrir uma pequena barbearia na rua Doi Cam, em Hanói, e dividem um quarto e o salão, para onde vão juntos todos os dias, de bicicleta. à noite, cada um encontra sua namorada com quem eles planejam um futuro e uma longa história de amor.   

- No bairro de Thanh Cong existe o povoado de Thanh Công (Trong phuong Thanh Công Co lang Thanh Công, Vietnã, 2004, 33 mn)  
Direção: Phan Thi Vang Anh; Imagem: Phan Thi Vàng Anh; Som: Doan Gia Man; Montagem: Nguyen Thi Hoai Phuong; Suporte: DV Cam  
Em todo lugar no Vietnã, nos bairros, o Comitê popular difunde várias vezes por dia, as informações e diretivas pelos alto-falantes, posicionados nos cantos das ruas. Sobretudo as novas gerações já não aguentam mais serem acordadas ou incomodadas pelas imposições do comitê. Certos habitantes cortam os fios e sabotam a instalação. Vang Anh filma com humor a animação suscitada por esse evento e nos faz mergulhar no coração das contradições vietnamitas.   

Festival du Court-métrage, Clermont-Ferrand 2005 ; du Court-Métrage de St-Benoît, Ile de la Réunion, 2005; de Namur, Belgique, 2005; Aarhus Film Festival ; Danemark, 2005 ; International des Cinémas d’Asie de Vesoul, 2006; Festival International du Film de Femmes de Créteil, 2006; Festival de Films Vietnamiens de Varsovie, 2007.  

- A clínica do Doutor Thi (Phong mach cua bac sy Thi, Vietnã, 2011, 35’).  
Direção: Ky Nguyen Minh; Imagem: Ky Nguyen Minh; Som: Nguyen Ti Than; Montagem: Dung Tran.  
Os moradores das redondezas gostam de vir se consultar com o Doutor Thi, porque têm confiança nele. A maioria de seus pacientes têm mais de 70 anos. A guerra é já distante, mas as sequelas continuam lá. "Falar ajuda a aliviar a dor", diz o Doutor Thi. A câmera não abandona nunca o espaço da clínica e filma os pacientes como personagens de um teatro antigo.   

Festival dei Popoli, Florence 2012.  

- A felicidade simples (Hanh phuc gian don, Vietnã, 2010, 34’)  
Direção e Imagem: Nguyen Minh Ky; Som: Nguyen Minh e Hoang Tung; Montagem: Vincent Assman.  
Crônica do cotidiano de um casal de pescadores no rio Han em Da Nang. Eles tiveram que abandonar o campo, onde o trabalho já não valia a pena. Seus três filhos, criados pela avó, lhes fazem falta. Mas a pesca os espera.   

Festival Jean Rouch, Paris (2011) ; Festival Corsica Doc, Ajaccio (2011) ; Festival International des Pêcheurs du monde, Lorient (2011) Festival du Livre et de la Mer, Concarneau (2011) ; Academy of Film et multimedia Marubi (2011).?  

  
 
 
 
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